Mão
KIENBOCK
Sinais de osteotomia no capitato, com linha radioluscente na margem radial, medindo cerca de 1.8 mm de espessura, sem halo de esclerose. Parafuso metálico de osteossíntese no capitato. O parafuso se encontra íntegro e sem sinais de soltura.
Redução volumétrica do semilunar, que apresenta irregularidade dos contornos da cortical óssea , fragmentação e colapso, associado a áreas de esclerose, compatível com osteonecrose (doença de Kienbock).
ATROPATIA INFLAMATÓRIA
Moderado derrame articular na interfalângica do polegar, associado a sinovite e importante edema de partes moles. Associa-se edema da medular óssea e subcondral da cabeça da falange proximal e base da distal. Tais achados são compatíveis com o quadro de artropatia inflamátoria.
Sinais de artropatia relacionada ao lúpus, caracterizados por:
Luxação dorsal e proximal da base do primeiro metacarpo, entrando em contato com a superfície dorsal do escafóide.
Hiperflexão da articulação interfalagângica proximal e hiperextensão das interfalângicas distais.
Desvio ulnar das falanges proximais do 2º, 3º e 4º dedos.
Sinais de sinovite nas articulações interfalângicas proximal e distal de todos os dedos da mão, bem como da articulação carpometacárpica do primeiro dedo, com extensão às bainhas tendíneas dos compartimentos extensores a ao túnel do carpo, destacando-se tenossinovite do sexto compartimento extensor, o qual se encontra luxado.
OSTEOMIELITE
Presença de formação expansiva no espaço interfalangiano proximal do segundo quirodáctilo, de limites definidos, apresentando discreto hipersinal em T1 e sinal intermediário em T2., determinando remodelamento/erosão da cortical posterior, notadamente da falange proximal, o qual apresenta edema da medular óssea reacional. Nota-se ainda intenso realce pelo meio de contraste paramagnético, não se caracterizando necrose intralesional no presente estudo.
Observa-se edema erosão da base da falange média deste dedo. Mede cerca de 4,7 x 2,7 x 1,8 cm.
Indefinição do ligamento colateral ulnar da interfalângica proximal do segundo dedo, compatível com rotura, através da qual há extensão distal da formação supracitada.
A possibilidade de sinovite/ artrite infecciosa deve ser considerada ( doença granulomatosa?), não se descartando lesões de outra natureza.
LIGAMENTOS
Sinais de rotura completa da polia anular A2 e da placa volar da interfalângica do polegar, que se apresenta espessada.
Destaca-se porém sinais de descontinuidade parcial extensa da polia flexora A2, apresentando discreto abaulamento do trajeto dos tendões flexores em relação à cortical óssea da falange proximal, achado este acompanhado de ectasia vascular dos planos profundos dos tendões flexores, com discreto realce ao contraste. Deve-se salientar que este achado é coincidente com local doloroso referido pela paciente.
Áreas irregulares de edema da medular óssea dos componentes da metacarpofalângica do polegar, de natureza pós-contusional residual.
Rotura do ligamento colateral ulnar da metacarpofalângica do polegar, com pequeno fragmento ósseo junto à origem a cabeça deste metacarpo, porém sem sinais de deslocamento significativo desse fragmento ósseo.
Não há sinais de interposição da aponeurose do adutor do polegar junto a áreas da rotura.
Rotura completa da porção distal da inserção do ligamento colateral ulnar, na base da falange proximal, com descontinuidade das fibras ligamentares, porém sem sinais de interposição da aponeurose do adutor.
Espessamento e alteração de sinal da porção proximal do ligamento colateral radial, da metacarpofalângica do polegar, compatível com rotura parcial, associada a tecido fibrovascular reparativo nesta topografia.
CISTOS
Pequena formação cística de natureza artrossinovial que se origina a partir da articulação ente o trapézio / trapezóide e se projeta junto da diáfise do segundo metacarpo, com cerca de 1,7 x 1,3 cm.
Pequenas formações císticas gangliônicas / sinoviais junto à bainha dos flexores do segundo, terceiro e quinto dedos, na altura das metacarpofalângicas.