Pâncreas

PANCREAS DIVISUM

Anomalia ductal pancreática caracterizada por ducto pancreático dorsal com drenagem na papilar menor e ducto pancreático ventral com drenagem na papilar maior, em conjunto com o colédoco. Os ductos pancreáticos não se comunicam.


LIPOSSUBSTITUIÇÃO

Lipossubstituição adiposa do parênquima pancreático, notadamente na porção cefálica.


PANCREAS ANULAR

Pâncreas com morfologia anelar (parênquima ao redor da parede inferior da primeira porção duodenal), com aumento das dimensões da cabeça, a qual envolve parcial a primeira porção duodenal. Associa-se atrofia do corpo e cauda pancreáticos, e dilatação regular do ducto pancreático principal, com diâmetro de <> cm, sem caracterização do fator obstrutivo. O sinal do parênquima pancreático é reduzido nas sequências T1, inferindo pancreatopatia. A drenagem pancreática se faz no aspecto superior da parede lateral da primeira porção duodenal.


PANCREATITE COM NECROSE

Pâncreas de dimensões difusamente aumentadas, com coeficientes de atenuação heterogêneos e áreas hipoatenuantese sem realce após contraste, compatível com liquefação/necrose, notadamente no corpo e cauda. Associam-se moderada quantidade de líquido livre peripancreático , pararrenais esquerdos, nas goteiras parietocólicas, bem como na pelve e densificação dos planos adiposos adjacentes.


Pâncreas de dimensões aumentadas e coeficientes de atenuação heterogêneos à custa de área hipoatenuante mal delimitada que não se realça após a infusão do agente de contraste iodado, localizada na porção cefálica e do colo / corpo, medindo cerca de 4,8 x 3,5 cm, compatível com liquefação / necrose, estimada em menos que 30% do parênquima. Nota-se intensa densificação dos planos adiposos adjacentes e líquido peripancreático não organizado (coleções líquidas agudas relacionadas à pancreatite). Adjacente a área de necrose acima descrita, observa-se conteúdo líquido com material semi-sólido de permeio, podendo corresponder à necrose periglandular.


Pancreas de dimensoes aumentadas, coeficientes se atenuação heterogeneos, a custa de duas areas que não apresentam realce ao meio de contraste iodado, localizados no colo pancreatico, medindo 4,5 x 4,2 cm e no corpo / cauda , medindo 2,0 x 1,4 cm, correspondendo a necrose glandular menor que 30%. Associam-se densificação dos planos adiposos peripancreaticos e pequena quantidade de liquido livre nos espaços pararrenal anterior bilateral e anteriormente ao pancreas.


PANCREATITE

Pâncreas de dimensões normais e coeficientes de atenuação heterogêneos, destacando-se aumento volumétrico da região cefálica, que demonstra heterogeneidade de concentração do contraste, em área que se estende até à região do colo. Observa-se obliteração da gordura peripancreática adjacente, e discreto espessamento da fáscia pararrenal anterior. Existe também pequena quantidade de líquido livre no espaço pararrenal anterior direito, nos espaços infrarrenais e na goteira parietocólica esquerda, bem como moderada quantidade de líquido na escavação pélvica, sem coleções organizadas.


PANCREATITE DO SULCO

Formação tecidual de limites imprecisos com cistos e calcificações de permeio, localizada junto à cabeça pancreática, com maior componente no sulco do duodeno- pancreático, associada a espessamento das paredes duodenais (segunda porção) e obliteração da gordura adjacente. O restante do parênquima pancreático apresenta dimensões normais e coeficientes de atenuação homogêneos. Não há dilatação do ducto pancreático principal. Observam-se ainda linfonodos proeminentes peripancreáticos e portocavais, com até <> cm menor eixo transverso. Dentre as hipóteses diagnósticas, considerar a de processo inflamatório (pancreatite do sulco duodenopancreático, na dependência de correlação com dados clínicos e laboratoriais), não se afastando completamente lesões de outra etiologia.


PANCREATITE CRÔNICA AGUDIZADA

Múltiplas calcificações, envolvendo o parênquima pancreático, provavelmente relacionadas a processo inflamatório crônico.

Ducto pancreático principal mostrando tortuoso, com calibre aumentado, exibindo calcificações intra ductais.

Múltiplas formações hipodensas, de aspecto cístico, envolvendo a cabeça, corpo e cauda pancreática, algumas exibindo aparente comunicação entre si e com o ducto pancreático principal, bem como focos de calcificação interna, sem outros sinais de complexidade, a maior delas na porção cefálica medindo cerca de 4,1 x 3,2 cm.

Coleções líquidas em situação peripancreática, uma delas no corpo insinuando-se anteriormente ao espaço pararrenal anterior medindo cerca 3,2 x 4,9 x 2,7 cm, e outra na cauda estendendo-se ao aspecto inferior do parênquima esplênico, medindo cerca 5,5 x 1,6 cm.

Nota-se ainda pequena coleção líquida, localizada adjacente à pequena curvatura gástrica lobo hepático esquerdo, medindo cerca de 2,7 x 2,1 cm.

Infiltração difusa da gordura peripancreática, adjacente ao corpo e cauda, observando-se espessamento das fascias pararrenais anteriores bilateralmente e lateroconal a esquerda.

ID:Múltiplas formações de aspecto cístico intra e peripancreáticas, algumas exibindo comunicação com ducto pancreático principal, associada a calcificações parenquimatosas, líquido livre e infiltração da gordura peripancreática, mais provavelmente relacionadas a processo inflamatório crônico pancreático, com sinais de reagudização.


As formações císticas intrapancreáticas, estão mais provavelmente relacionadas ao processo inflamatório do paciente (pseudocisto) não se afastando, contudo, lesões de outra natureza.


PANCREATITE ENFISEMATOSA

Pneumoperitônio com gás localizado dentro e ao redor da cauda do pâncreas, suspeito de pancreatite enfisematosa. Também há provável pneumatose na junção pancreaticobiliar, bem como gás se estendendo para pequenos ramos venosos circundantes, suspeito de isquemia. Presença de coleções loculadas de fluido abdominal superior causando efeito de massa no estômago. Há dilatação moderada do intestino delgado no hemiabdome direito, sem evidências de obstrução. Nenhum vazamento de contraste grosseiro é visto no intestino ou nas anastomoses. Não há evidência de hemorragia ativa.


PANCREATITE AUTOIMUNE

Aumento difuso do parênquima pancreático com perda das fendas / rugosidades de sua superfície e diminuição da intensidade do sinal em T1 intrínseco, sugestivo de uma anormalidade difusa. Existe impregnação progressiva e tardia do parênquima, compatível com fibrose. Não há evidência de dilatação do ducto pancreático, contudo destacam-se áreas multifocais de estreitamento ou apagamento ductal. Ausência de formações expansivas ou alterações inflamatórias peripancreáticas significativas.

ID: Sinais de distúrbio fibroinflamatório pancreático imunomediado relacionado a IgG4.


NEOPLASIA CÍSTICA MUCINOSA

Massa complexa predominantemente cística e com áreas sólidas de permeio comprometendo a cauda pancreática e apresentando sinais de invasão do hilo esplênico, do pólo superior do rim esquerdo e da loja adrenal. A lesão mede grosseiramente <> cm e pode representar pseudomixoma peritoneal ou eventualmente processo neoplásico primário pancreático (neoplasia cística mucinosa).


NEOPLASIA CISTICA SEROSA

Pâncreas apresentando massa hipoatenuante com finos septos internos, localizada na cauda, medindo cerca de <> x <> x <> cm no plano axial. Apesar de indeterminada, a lesão pode representar neoplasia cística serosa do pâncreas (conveniente correlação com RM do abdome superior).


NEOPLASIA ADENOCARCINOMA

Pâncreas de dimensões reduzidas. Formação nodular sólida hipoatenuante medindo <> x <> x <> cm, na cabeça do pâncreas, determinando dilatação do ducto pancreático principal, bem como do colédoco e das vias biliares intra-hepaticas. Tal formação não apresenta significativo contato com as veia e artéria mesentérica superior, e nem com o tronco portal. Há acentuada atrofia parenquimatosa corporocaudal. Características sugestivas de lesão de natureza neoplásica primária.


NEOPLASIA ADENOCARCINOMA COM INVASÃO VASCULAR

Formação expansiva predominantemente hipovascular na cabeça do pâncreas medindo cerca de <> x <> x <> cm, que determina moderada dilatação das vias biliares a montante, bem como dilatação do ducto pancreático principal e atrofia do corpo e cauda pancreáticos. Tal lesão exerce acentuada compressão sobre as junções venosas porto-mesentérica e porto-esplênica, com sinais de invasão vascular caracterizados por acentuado afilamento do tronco portal e trombose dos segmentos distais das veias mesentérica superior e esplênica. Nota-se também invasão da artéria mesentérica superior, que se encontra pérvia, porém envolvida circunferencialmente por tecido tumoral sólido. Associa-se ainda densificação da gordura peripancreática adjacente a lesão e linfonodos aumentados em número no espaço portocaval e hilo hepático medindo até <> x <> cm nos maiores eixos axiais.

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Formação expansiva heterogênea, hipovascular, com cistos associados de até 2,9 cm, localizada no corpo e colo pancreáticos, medindo cerca de 5,5 x 4,7 x 4,7 cm. Determina estenose abrupta do ducto colédoco com dilatação das vias biliares a montante, inclusive intra-hepáticas, e hiperdistensão da vesícula biliar. Oblitera o ducto pancreático principal, com acentuada dilatação do mesmo e atrofia do parênquima pancreático nos segmentos distais. Determina importante redução no calibre da veia mesentérica superior e da confluência da mesma com a veia esplênica. Não há sinais de acometimento da artéria mesentérica superior. Mantém íntimo contato com a margem inferior da artéria hepática comum, sem sinais de comprometimento da mesma. Anteriormente mantém contato com a face posterior do antro gástrico/bulbo duodenal. Formação expansiva pancreática, devendo-se considerar a possibilidade de neoplasia primária com sinais de invasão da veia mesentérica superior.

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Massa sólida hipoatenuante na cauda do pâncreas medindo <> x <> x <> cm apresentando sinais de invasão das estruturas vasculares do hilo esplênico, bem como do parênquima medial do baço. Notam-se algumas colaterais perigástricas e na região do omento. O restante do pâncreas apresenta-se aumentado e nota-se discreta dilatação do ducto de Wirsung, aspecto que pode representar uma pancreatite aguda discreta. Ausência de coleções peripancreáticas.

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Formação expansiva infiltrativa, heterogênea, localizada na cabeça e corpo pancreático, insinuando-se no hilo hepático, com áreas hipodensas centrais podendo estar relacionadas a necrose, de difícil mensuração pelo presente estudo, medindo grosseiramente cerca de 5,5 x 5,0 cm nos seus maiores eixos transversos, promovendo importante dilatação das vias biliares a montante, bem como do ducto pancreático principal.

A formação expansiva acima descrita envolve circunferencialmente o tronco celíaco e porção proximal da artéria mesentérica superior, promovendo leve/moderado afilamento na origem da artéria hepática comum, da artéria esplênica, bem como do terço proximal da artéria mesentérica superior e importante afilamento da porção proximal da arteria gástrica esquerda.

Note-se também envolvimento circunferencial, com importante afilamento da veia porta extra-hepática, da porção distal da veia mesentérica superior e inferior e trombose da extremidade distal da veia esplênica.

CONCLUSÃO: Formação expansiva, localizada na cabeça e corpo pancreático, com as características acima descritas, devendo-se considerar a possibilidade de adenocarcinoma pancreático, como principal hipótese diagnostica.

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Formação expansiva e infiltrativa com realce heterogêneo envolvendo o corpo e colo do pâncreas, de limites pouco precisos e contornos irregulares, medindo cerca de 5,7 cm, associado obliteração da gordura adjacente assim como atrofia do parênquima e dilatação do ducto pancreático principal a montantes.

A formação pancreática supracitada envolve circunferencialmente o terço distal do tronco celíaco, artéria hepática comum, terço proximal da artéria hepática própria e gastroduodenal, nas suas origens, bem como o terço proximal da artéria esplênica e gástrica esquerda, estas últimas exibindo irregularidades parietais e redução do seus calibres.

Existe ainda envolvimento  do terço inferior da veia porta principal e terço superior da veia mesentérica superior, junto da confluência, com importante redução do seu calibre nessa topografia, bem como do terço distal e médio da veia esplênica, que se mostra trombosada.

Linfonodos proeminentes peripancreáticos e na raiz do mesentério, medindo até 1,0 cm no menor eixo transverso.

A formação expansiva e infiltrativa pancreática não exibe sinais de envolvimento do colédoco, não se identificando dilatação das vias biliares intra ou extra-hepáticas.

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Formação expansiva envolvendo a cabeça e processo uncinado do pâncreas, de limites imprecisos, exibindo realce heterogêneo, delimitando áreas centrais de necrose, medindo cerca de 6,7 x 4,5 cm nos seus maiores eixos axiais, promovendo moderada dilatação das vias biliares, bem como do ducto pancreático principal a montante. Nota-se ainda afilamento do parênquima pancreático na região do corpo e cauda.

A formação expansiva acima descrita envolve e afila a terceira porção duodenal, determinando distensão da câmara gástrica e bulbo duodenal a montante.

A artéria e veia mesentérica superior são envolvidas circunferencialmente pela lesão acima descrita, sendo que a primeira não apresenta redução significativa de seu calibre e a segunda encontra-se trombosada.

Estrutura sugestiva de endoprótese no interior do hepatocolédoco, sendo que a sua extremidade distal encontra-se na topografia da papila maior do duodeno.


IPMT

Pâncreas de dimensões normais, contornos regulares, apresentando múltiplas formações císticas de paredes finas e conteúdo homogêneo localizadas no processo uncinado, corpo e cauda, algumas delas apresentando continuidade do sistema ductal. A maior delas mede cerca de <> cm (localizada no colo). Não há dilatação do ducto pancreático principal.


Imagem cística no corpo do pâncreas, sem realce significativo pelo contraste, medindo <> x <> cm, condicionando atrofia parenquimatosa a montante e dilatação do ducto pancreático principal. A possibilidade de neoplasia intraductal produtora de mucina de ducto principal deve ser considerada (entre outras possibilidades – por exemplo, neoplasia cística mucinosa).