Faringe

NASOFARINGE

Aumento volumétrico das tonsilas faríngeas (adenóides) determinando redução da coluna aérea da nasofaringe, achado habitual para a faixa etária.

CISTO DE TORNEALDT

Obs.: Presença de cisto de Tornwaldt na parede posterior da rinofaringe à direita.

OROFARINGE

Aumento volumétrico das tonsilas faríngeas (adenoides), determinando redução da coluna aérea da rinofaringe.

Aumento volumétrico das tonsilas palatinas, determinando redução da coluna aérea da orofaringe.

Aumento volumétrico das tonsilas palatinas e linguais, determinando redução da coluna aérea da orofaringe e obliteração das valéculas respectivamente.

Aumento volumétrico das tonsilas faríngeas (adenoides) e palatinas, determinando redução da coluna aérea da rino e orofaringe respectivamente.

Sinais de doença peri / endodôntica dos elementos dentários remanescentes da arcada superior. Notam-se diminutas áreas de descontinuidade óssea do assoalho do antro maxilar direito, podendo corresponder a fístulas oroantrais, no contexto clínico apropriado.

DEISCENCIA MILOHIOIDE

Deiscência do músculo milo-hióideo à direita com insinuação da glândula sublingual para o espaço submandibular adjacente.

A glândula sublingual direita insinua-se pela deiscência do músculo milo-hióide até a região submandibular homolateral.

ESPESSAMENTO DO COMPLEXO UVULOPALATAL

Espessamento complexo uvulopalatal determinando redução do calibre da coluna aérea da orofaringe ao nível do palato mole.

SINDROME APNEIA / HIPOPNEIA OBSTRUTIVA DO SONO

Espessamento regular da parede posterior da rinofaringe, das paredes laterais da orofaringe e da base da lingua, por provável aumento de tecido linfoide, com redução da coluna aérea adiacente. 

Coluna aérea retropalatal com menor área estimada em xx mm: (normal acima de 100mm2).

Espessura e comprimento do palato mole de xx cm e xx cm, respectivamente.

Medidas dos eixos anteroposterior e laterolateral da língua de xx cm e xx cm. 

Distancia do osso hioide ao corpo da mandibula de xx cm.

O conjunto dos achados é inespecífico, mas pode ser encontrado em pacientes com a Sindrome da apneia/hipopneia obstrutiva do sono


AMIGDALITE COM COLEÇÃO

Aumento volumétrico das tonsilas palatinas, as quais apresentam aspecto estriado de realce pelo meio de contraste iodado, compatível com alterações de natureza inflamatória, determinando redução luminal da orofaringe. Entretanto, não foram evidenciadas imagens compatíveis com coleções de permeio às tonsilas palatinas, detectáveis por este método.

Achados compatíveis com coleção ocupando o espaço parafaríngeo direito, estendendo-se inferiormente aos espaços sublingual e submandibular homolaterais, promovendo deslocamento medial da tonsila palatina direita e contribuindo para redução luminal da orofaringe. Esta coleção não apresenta cápsula definida, medindo cerca de 3,5 x 2,2 x 1,6 cm, mantendo contato com a glândula sublingual e deslocando inferiormente a glândula submandibular direita, determinando abaulamento local da face.

O processo inflamatório estende-se ao espaço cervical anterior direito, com densificação de seus planos gordurosos, porém sem evidências de outras coleções nesta topografia.

A glândula submandibular direita apresenta dimensões discretamente aumentadas e contornos rombos, compatível com sialoadenite por contiguidade neste contexto. Alterações semelhantes, porém menos intensas são também observadas na glândula sublingual homolateral.

Nota-se tênue densificação do espaço retrofaríngeo / perigoso desde a transição da naso com a orofaringe até o nível da área pós-cricóide, porém sem sinais de densificação da gordura mediastinal superior.

Nota-se edema do tórus tubário e da parede lateral direita de toda a faringe, com redução das dimensões da fosseta de Rosenmüller e do óstio da tuba auditiva homolaterais.

Linfonodos aumentados em número, alguns de dimensões também aumentadas, por vezes com perda de seus hilos gordurosos nas cadeias submandibulares, jugulares internas superiores, médios e inferiores, bem como nas cadeias espinais acessórias, de aspecto reacional neste contexto. Os linfonodos são maiores e mais numerosos nas cadeias cervicais direitas.

Acentuado aumento volumétrico da tonsila palatina direita, a qual apresenta realce heterogêneo pelo meio de contraste iodado, delimitando áreas hipoatenuantes mal definidas, algumas delas exibindo fino realce periférico, medindo em conjunto 3,5 x 2,3 x 3,2 cm (CC x AP x LL), nos maiores eixos transversos, destacando-se a maior medindo cerca de 1,0 cm no seu interior determinando, em conjunto, redução luminal da orofaringe nesta topografia. Tais achados são compatíveis com processo inflamatório / infeccioso agudo, com provável coleção/abscesso no seu interior no contexto clínico apropriado.

Superiormente estende-se ao palato mole à direita, determinando espessamento do mesmo. Nota-se também extensão para a parede lateral da rinofaringe, com obliteração da fosseta de Rosenmüller. Lateralmente há obliteração parcial e densificação da gordura do espaço parafaríngeo direito.

Tonsila palatina esquerda de dimensões aumentadas e realce homogêneo pelo meio de contraste iodado, sem evidências de coleções detectáveis ao método, contribuindo também para a redução luminal da orofaringe nesta topografia.

Tênue densificação do espaço retrofaríngeo / perigoso da nasofaringe ao plano do osso hióide. Entretanto, não há sinais de coleção nesta topografia, bem como sem sinais de densificação dos planos gordurosos do espaço visceral ou do mediastino superior.

Linfonodomegalias nos níveis IB e II bilaterais, notadamente à direita, bem como retrofaringea direita, o maior deles jugular interno superior direito, medindo 2,1 x 1,7 cm, nos maiores eixos transversos. Outros linfonodos proeminentes, porém de dimensões habituais, nos níveis V, de aspecto reacional, neste contexto.

Discreto aumento volumétrico da tonsila palatina esquerda. Destaca-se imagem compatível com coleção sem realce periférico significativo pelo meio de contraste iodado no segmento lateral da tonsila palatina esquerda, medindo cerca de 1,7 x 0,9 cm no plano axial, deslocando lateralmente o espaço parafaríngeo homolateral, o qual se apresenta parcialmente obliterado e com seus planos gordurosos densificados.

Achados compatíveis com coleção laminar acometendo o espaço retrofaríngeo / perigoso desde a transição da nasofaringe com a orofaringe, até o nível do mediastino superior, onde há densificação dos planos gordurosos locais.

Imagem compatível com coleção periamigdaliana à esquerda, apresentando realce capsular irregular pelo meio de contraste, medindo cerca de 2,2 x 1,5 x 1,5 cm nos maiores eixos. Tal coleção determina abaulamento da parede lateral esquerda da orofaringe, e se associa a espessamento do palato mole, com discreto desvio contralateral da úvula, sem extensão significativa à rinofaringe, e espessamento assimétrico da parede lateral direita da orofaringe.

Promove ainda obliteração da gordura do espaço parafaríngeo e do espaço submandibular deste lado e espessamento da parede lateral esquerda da oro e hipofaringe, até a região do seio piriforme deste lado, bem como base da língua à esquerda, bem como epiglote e prega faringoepiglótica à esquerda. Há discreta densificação da gordura pré-epiglótica e paraglótica deste lado, e determina também densificação da gordura do espaço retrofaríngeo/perigoso em todo o pescoço, sem evidências de extensão ao mediastino.

DISPLASIA CEMENTAL

Espessamento cortical difuso da mandibula e maxila com multiplos focos nodulares hiperdensos nos processos alveolares, envolvendo as raizes dentarias, com componentes hipoatenuantes associados, que se insinuam para o interior dos seios maxilares e abaulam os contornos da mandibular. Destaca-se aumento volumétrico do corpo mandibular a esquerda que apresenta-se preenchido por material com atenuação de partes moles e realce ao meio de contraste iodado, mantendo íntimo contato com canal do nervo alveolar inferior homolateral. Nota-se ainda área de descontinuidade da cortical na face vestibular nesta topografia. Não há sinais de reação periosteal ou reabsorção de elementos dentários.

Este conjunto de achados não é específico, devendo-se considerar como principal hipotese a de lesões múltiplas de natureza odontogenica, dentre elas displasia cemento-óssea periapical. As alterações comprometendo o angulo e ramo ascendete esquerdos da mandibula pode representar alteraçoes sequelares de eventual manipulacao cirurgica associado a lesoes cementoósseas, não sendo possível descartar a possibilidade de processo inflamatorio / infeccioso associado. Correlacionar com dados clinicos e laboratoriais.

ABSCESSO ODONTOGÊNICO

Coleção líquida laminar, com bolhas gasosas de permeio, junto à face vestibular da porção esquerda do corpo da mandíbula, na altura dos pré-molares e primeiro e segundo molar deste lado e envolvendo o forame mentoniano Mede cerca de 2,9 x 1,6 x 0,5 cm. Há densificação dos planos musculoadiposos adjacentes, com extensão para a região submandibular, com espessamento do complexo platisma / fáscia cervical superficial e abaulamento local.

Nota-se extensão para o músculo masseter e bucinador à esquerda, determinando espessamento dos mesmos. Nota-se obliteração do espaço parafaríngeo esquerdo.

O terceiro molar inferior esquerdo está incluso no processo alveolar da mandíbula, de curso oblíquo e com a coroa desviada medialmente, mantendo contato com o colo do molar adjacente. Achados compatíveis com cisto periapical relacionada às raízes do segundo molar inferior esquerdo que mantém contato com o canal do nervo alveolar e nota-se tênue descontinuidade da cortical lingual adjacente. Notam-se sinais de osteíte condensante junto aos molares.

Sinais de doença periodôntica no terceiro molar inferior esquerdo com reabsorção do processo alveolar ao redor do colo e do segmento superior das raízes deste elemento dentário, com afilamento da cortical lingual adjacente. Achados compatíveis com coleção exibindo realce capsular pelo meio de contraste iodado, medindo cerca de 3,0 x 2,0 x 0,9 cm nos seus maiores eixos, adjacente à face lingual do processo alveolar no nível do terceiro molar inferior esquerdo, favorecendo a possibilidade de abscesso odontogênico neste contexto, localizado no espaço sublingual esquerdo, promovendo deslocamento medial desta glândula salivar. A glândula sublingual esquerda apresenta dimensões aumentadas e intenso realce pelo meio de contraste, compatível com sialoadenite por contiguidade.

O processo inflamatório densifica os planos adiposos do assoalho bucal, dos espaços submandibulares e submentoniano, bem como do subcutâneo adjacente, sendo tais alterações mais evidentes à esquerda, observando-se também densificação da gordura dos espaços mastigador e parafaríngeo homolaterais. Há espessamento do complexo platisma / fáscia superficial nestas topografias, com discreto abaulamento local.

Linfonodos aumentados em número, porém mantendo dimensões e demais características tomográficas preservadas nas cadeias submandibulares, submentoniana, jugulares internas superiores, médias e inferiores, bem como nas cadeias espinais acessórias e supraclaviculares, sendo maiores e mais numerosos à esquerda, de aspecto reacional neste contexto.

Achados compatíveis com doença peri e endodôntica no primeiro molar inferior direito com reabsorção do processo alveolar ao redor de suas raízes e formação de pequenos cistos periapicais. Este elemento dentário apresenta erosão parcial de sua coroa, sendo que o cisto periapical relacionado à sua raiz posterior rompe a cortical lingual do processo alveolar adjacente.

Achados compatíveis com coleção de limites mal definidos, medindo cerca de 1,5 x 1,4 x 0,5 cm nos seus maiores eixos, exibindo realce capsular pelo meio de contraste iodado, localizado no espaço sublingual direito, adjacente à face lingual do processo alveolar no nível da rotura cortical acima mencionada. Tal coleção circunda a face lingual e inferior do corpo mandibular adjacente, obliterando os planos músculo-adiposos regionais, determinando deslocamento do músculo milo-hióideo. O conjunto de achados favorece a possibilidade de abscesso odontogênico neste contexto. As glândulas sublingual e submandibular direitas apresentam dimensões aumentadas e intenso realce pelo meio de contraste, compatível com sialoadenite por contiguidade.

O processo inflamatório densifica os planos adiposos do assoalho bucal, dos espaços submandibulares, cervicais anteriores e submentoniano, bem como do subcutâneo adjacente, sendo tais alterações mais evidentes à direita, observando-se também densificação da gordura dos espaços bucal, mastigador e parafaríngeo homolaterais. Há espessamento do complexo platisma / fáscia superficial nestas topografias, com discreto abaulamento local, com aparente extensão à pele, não sendo possível afastar a possibilidade de fístula neste contexto.

Linfonodos aumentados em número, alguns de dimensões também aumentadas, por vezes com perda de seus hilos gordurosos nas cadeias submandibulares, submentoniana, jugulares internas superiores, médias e inferiores, bem como nas cadeias espinais acessórias e supraclaviculares, sendo maiores e mais numerosos nas cadeias cervicais direitas.

HEMANGIOMA UVULOPALATAL

Imagem nodular ovalada, circunscrita, com isossinal em T1 e hipersinal em T2, medindo cerca de 3,2 x 3,0 x 1,8 cm nos seus maiores eixos, com aparente base de implantação no segmento inferior do palato mole à direita, apresentando crescimento exofítico inferior, mantendo amplo contato com a tonsila palatina homolateral, sem nítidos planos de clivagem com a mesma, reduzindo a luz da orofaringe nesta topografia. Após a administração endovenosa do gadolínio nota-se intenso realce homogêneo de toda a lesão. Destacam-se ainda pequenos flow-voids de permeio, compatível com estruturas vasculares.

O conjunto de achados acima mencionado não é específico, não sendo possível afastar as possibilidades de lesão de natureza vascular ou mesmo de natureza neoplásica com intensa vascularização, dentre as hipóteses diagnósticas.

CEC OROFARINGE

Lesão expansiva e infiltrativa de origem presumida na parede posterolateral esquerda da orofaringe, com realce intenso e predominantemente homogêneo pelo meio de contraste, medindo cerca de 5,8 x 3,2 cm nos maiores eixos.

Anteriormente invade o assoalho bucal e a língua oral à esquerda, com extensão também pela mucosa jugal até a região do trígono retromolar deste lado, onde se observa contato com o ramo mandibular, porém sem sinais de erosão óssea.

Posteriormente, invade a parede posterior da orofaringe, oblitera os planos musculoadiposos do espaço retrofaríngeo/perigoso deste lado e mantém contato com conglomerado linfonodal à esquerda.

Superiormente, determina espessamento e realce heterogêneo das paredes posterior e lateral da rinofaringe, também com comprometimento do espaço retrofaríngeo neste nível, obliterando as fossetas de Rosenmüller. Compromete também o palato mole à esquerda, com extensão até o nível da úvula, e se estende para a mucosa que reveste o teto da cavidade oral à esquerda, notando-se discreto alargamento assimétrico do canal palatino maior deste lado, que pode representar disseminação perineural.

Inferiormente envolve o corno maior esquerdo do osso hioide, estendendo-se pela parede lateral da orofaringe até a região da prega faringoepiglótica homolateral, com sinais de invasão da epiglote deste lado.

Lateralmente oblitera o espaço parafaríngeo esquerdo e mantém contato com conglomerados linfonodais necróticos deste lado, porém não se observa comprometimento significativo do espaço mastigatório.

Conglomerados linfonodais com realce heterogêneo pelo meio de contraste, delimitando áreas centrais de necrose/liquefação, nos níveis II e III bilaterais, bem como IV e V esquerdos e retrofaríngeos laterais, o maior medindo 4,5 x 3,4 cm nos maiores eixos transversos. Promovem obliteração completa da luz da artéria carótida intera esquerda no seu segmento supra-hioideo e da veia jugular interna em todo o pescoço, com sinais de invasão destas estruturas vaculares. Mantêm contato sem nítidos planos de clivagem com a face medial do músculo esternocleidomastoideo esquerdo, com sinais de invasão no segmento médio, e determinam abaulamento local da região adjacente ao ângulo da mandíbula deste lado.

CEC TONSILA

Formação expansiva / infiltrativa com coeficientes de atenuação de partes moles e realce intenso e heterogêneo pelo meio de contraste iodado, com origem presumida na fossa tonsilar esquerda.

Anteriormente, a lesão apresenta extensão para a base da língua à esquerda, bem como extensão incipiente para o segmento posterior da língua oral, obliterando parcialmente o espaço sublingual, sem sinais de englobamento do feixe vasculonervoso. Nota-se contato da lesão com o músculo milo-hioide homolateral, sem nítidos planos de clivagem com o mesmo

Lateralmente invade os músculos pterigóides medial e lateral esquerdos, bem como o espaço parafaríngeo homolateral, e mantém contato com o ramo da esquerdo da mandíbula e oblitera o forame mandibular, porém sem sinais de destruição óssea ou de alargamento do canal do nervo alveolar inferior homolateral. Esclerose óssea do processo e lâmina lateral pteriogoide à esquerda que pode representar alteração inflamatório reacional, não sendo possível afastar a possibilidade de extensão lesional.l

Superiormente infiltra o palato mole até a úvula, bem como se nota espessamento da parede lateral esquerda da rinofaringe e do toro tubário que pode estar relacionado a extensão da lesão.

Inferiormente infiltra a parede lateral esquerda da orofaringe, bem como as pregas glossoepiglótica e faringoepiglótica homolateral, e as margens livre e fixa da epiglote, obliterando a valécula esquerda e o espaço pré-epiglótico. Nota-se espessamento com realce assimétrico da prega ariepiglótica esquerda, da parede lateral da hipofaringe deste lado com obliteração do seio piriforme homolateral, denotando extensão da lesão.

Posteriormente infiltra as paredes posteriores da orofaringe e hipofaringe, bem como os músculos pré-vertebrais homolaterais, e mantém contato com ramos da artéria carótida externa esquerda, sem nítidos planos de clivagem com os mesmos.

Medialmente, não há sinais de extensão para o palato mole ou paredes posteriores da orofaringe e hipofaringe.

Lesão expansiva e infiltrativa de origem presumida na fossa tonsilar esquerda, exibindo realce heterogêneo pelo meio de contraste, com irregularidade de seus contornos, podendo estar relacionada a ulcerações, medindo cerca de 4,0 x 1,7 x 3,2 cm nos maiores eixos.

Anteriormente infiltra o pilar anterior da tonsila e a base da língua homolateral, com sinais incipientes de extensão à língua oral à esquerda.

Posteriormente invade o pilar posterior da tonsila e se estende até o aspecto lateral esquerdo da parede posterior da orofaringe. Não há sinais de extensão ao espaço retrofaríngeo.

Superiormente infiltra o palato mole à esquerda, sem extensão contralateral, bem como determina discreta extensão à parede lateral esquerda da rinofaringe.

Inferiormente determina espessamento da parede lateral da orofaringe até a altura da epiglote, sem sinais de comprometimento da prega faringoepiglótica à esquerda, epiglote e espaço pré-epiglótico.

Lateralmente determina discreta obliteração dos planos adiposos do espaço parafaríngeo esquerdo sem sinais de comprometimento para a musculatura do espaço mastigador.

Medialmente, não há sinais de extensão para a orofaringe ou cavidade oral direita.

Formação expansiva / infiltrativa com intenso realce pelo meio de contraste iodado e origem presumida na fossa tonsilar esquerda. Superiormente infiltra o palato mole até a úvula, sem sinais de extensão contralateral ou para a rinofaringe. Inferiormente apresenta-se restrita à orofaringe. Valéculas, pregas glossofaríngeas e prega glossoepiglótica de aspecto habitual. Anteriormente mantém contato com a base da língua esquerda, porém sem sinais definitivos de comprometimento da mesma. Anteriormente e lateralmente infiltra a parede lateral da orofaringe até a região do trígono retromolar, mantém contato com o músculo pterigóide medial esquerdo, sem nítidos planos de clivagem com o mesmo, bem como o ramo da mandíbula, sem sinais de erosão óssea e oblitera parcialmente a gordura do espaço parafaríngeo homolateral. A lesão mantém contato menor que 180180 graus com a artéria carótida interna esquerda, sem sinais definitivos de invasão do espaço carotídeo. Posteriormente infiltra a parede posterior da orofaringe, porém sem sinais de extensão ao espaço retrofaríngeo / perigoso. Medialmente determina redução da coluna aérea da orofaringe resultante do aumento volumétrico da tonsila palatina esquerda em decorrência da infiltração pela lesão. Não há sinais de extensão para a orofaringe contralateral.

Conglomerado linfonodal no nível II esquerdo, com realce periférico pelo meio de contraste, delimitando áreas centrais de necrose / liquefação, compatível com metástase nodal da lesão neste contexto clínico. O conglomerado mantém contato com a margem anterior do músculo esternocleidomastóideo homolateral, porém sem evidências de comprometimento do mesmo, bem como determina compressão e deslocamento posterior da veia jugular interna esquerda que tem opacificação habitual. Observam-se ainda outras linfonodomegalias no nível IIB esquerdo com características semelhantes. Linfonodos aumentados em número com intensa impregnação pelo contraste endovenoso, porém permanecendo com dimensões preservadas nos níveis III e V esquerdos e II direito.

CEC LINGUA

Formação expansiva e infiltrativa na borda lateral da hemilíngua esquerda, com atenuação de partes moles e contornos irregulares, apresentando realce heterogêneo pelo contraste, com área de ulceração local.

A lesão se estende ao assoalho bucal, por onde se estende para a mucosa jugal na região do trígono retromolar deste lado, mantendo contato com a face anterior do ramo mandibular. Não há sinais significativos de extensão contralateral, para a base da língua ou demais planos musculoadiposos.

Lesão expansiva e infiltrativa de origem presumida na hemilíngua oral direita, exibindo realce heterogêneo pelo meio de contraste, delimitando área central de necrose/liquefação e medindo cerca de 6,1x 2,5 x 4,0 cm nos maiores eixos.

Anteriormente, invade a hemilíngua oral direita até o terço anterior, notando-se de irregularidade de seu contorno que pode ulceração na face lateral da mesma no contexto clínico apropriado.

Posteriormente infiltra a base da hemilíngua homolateral, sem planos de clivagem com a fossa tonsilar.

Lateralmente, mantém contato com o músculo milo-hioide.

Medialmente promove deslocamento do feixe neurovascular da hemilíngua e do músculo genioglosso homolateral, sem evidências de extensão a língua contralateral.

Inferiormente oblitera o espaço sublingual esquerdo, notando-se discreta ectasia ductal e na glândula submandibular direita.

Superiormente, apresenta-se restrita à língua.

Conglomerado linfonodal com realce heterogêneo pelo meio de contraste, delimitando áreas centrais de necrose/liquefação, localizado na cadeia jugular interna superior à direita, medindo cerca de 2,5 x 1,9 x 3,2 cm.

Linfonodos aumentados em número, alguns perda de seus hilos gordurosos nas cadeias jugulares internas médias e inferiores e superior esquerda.

CEC TRIGONO

Lesão de aspecto expansivo e infiltrativo comprometendo o trígono retromolar à esquerda que apresenta impregnação pelo contraste endovenoso. Os artefatos de origem dentária prejudicam parcialmente a análise desta topografia. A lesão descrita estende-se lateralmente para as faces ou oclusão em lingual da mandíbula à esquerda, associado a erosão óssea da cortical lingual adjacente da mandíbula Superiormente, não há sinais definitivos de extensão à maxila, porém com os artefatos descritos prejudicam parcialmente esta análise. Medialmente, a lesão descrita compromete a base da língua e a língua oral, bem como oblitera discretamente o espaço sublingual homolateral. Inferiormente, há sinais de comprometimento do músculo milo-hioide e mantém contato com a glândula submandibular homolateral. Não há sinais de extensão à rafe mediana ou a língua contralateral. Anteriormente, a lesão estende-se até a altura do primeiro molar inferior esquerdo. Posteriormente, a lesão compromete a base da língua, bem como a porção anterior da fossa tonsilar. Nota-se contato da lesão descrita com o músculo pterigóide medial, que oblitera parcialmente o espaço parafaríngeo homolateral. Superiormente, a lesão aparentemente está restrita à fossa tonsilar.

POS OP CEC LINGUA

Sinais de manipulação cirúrgica na borda lateral da hemilíngua esquerda. Nesta topografia, no entanto, observa-se tecido irregular com realce predominantemente homogêneo pelo meio de contraste que pode resultar de alterações fibrocicatriciais ou mesmo de recidiva / remanescente lesional, no contexto clínico apropriado. Nota-se tecido com discreto efeito expansivo e realce homogêneo pelo meio de contraste iodado na topografia do trígono retromolar esquerdo, não sendo possível afastar a possibilidade de lesão de natureza residual / recidivada neste contexto.

HIPOFARINGE

CEC PREGA ARIEPIGLOTICA

 Formação expansiva / infiltrativa com  coeficientes de atenuação de partes moles e epicentro presumido na prega ariepiglotica esquerda.    

 Superiormente a lesão se estende atraves da mucosa da hipofaringe e orafaringe infratonsilar a esquerda, sem sinais de comprometimento tonsilar. Inferiormente a lesão se estende através da mucosa ate nÍvel dos ventrículos laríngeos.                                         

Anteriormente a lesão, se estende para a epiglote e oblitera a gordura pre-epiglotica a esquerda.                                        

Posteriormente a lesão se estende para hipofaringe, invadindo o seio piriforme e promovendo obliteração parcial do mesmo, estando aparentemente limitada pelo fascia pre vertebral.                              

Medialmente a lesão estende-se através do plano mediano no nivel da laringe supraglotica e envolve a prega ariepiglotica direita. 

Lateralmente a lesão invade a lamina esquerda da cartilagem tireoide, queapresenta-se esclerotica, e a membrana tireohioide, sem planos de clivagem com a musculatura estriada anterior do pescoço a esquerda. 

 Apos a injeção EV do  meio de contraste iodado, a lesão apresentou realce heterogêneo, delimitando-se áreas císticas centrais compatíveis com necrose / liquefação.                                         

                                                            

CEC SEIO PIRIFORME

Lesão expansiva e infiltrativa com realce heterogêneo pelo meio de contraste iodado, delimitando áreas de necrose / liquefação, originada no seio piriforme direito.

Anteriormente invade a prega ariepiglótica direita, com consequente invasão da gordura paraglótica deste lado e extensão para a prega faringoepiglótica e epiglote, com grande perda de substância destas. Há invasão da gordura pré-epiglótica e envolvimento do corno direito do osso hioide, com erosão deste. Invade a base da língua à direita, por onde se estende para o terço posterior do assoalho bucal deste lado e pequena extensão para a base da língua à esquerda com consequente invasão da parede lateral esquerda da orofaringe e prega ariepiglótica deste lado.

Posteriormente se estende para a parede posterior do seio piriforme, com invasão do espaço retrofaríngeo e em íntimo contato, sem planos de clivagem, com a musculatura pré-vertebral.

Superiormente invade a parede lateral direita da orofaringe, com extensão até o nível do palato mole, com invasão deste até a úvula, porém sem extensão contralateral. Há pequeno comprometimento da gordura do espaço parafaríngeo neste nível.

Inferiormente invade a laringe glótica, principalmente à direita, com grande invasão da prega vocal direita e da comissura anterior, com pequena extensão para a prega vocal contralateral. Há também invasão da gordura paraglótica adjacente. Destaca-se pequeno espessamento da parede lateral direita da laringe subglótica, que pode representar extensão da lesão. Envolve a lâmina direita da cartilagem tireoide, heterogênea, e compromete a musculatura pré-tireoidiana deste lado e mantém discreto contato com o aspecto mais superior do lobo tireoidiano direito. Há também invasão do espaço tireoaritenoideo direito, alargado e obliterado, e pequeno comprometimento da hipofaringe à direita. Nota-se esclerose da cartilagem aritenóide direita e discreto do aspecto superior do arco posterior da cricoide, que denota comprometimento pela lesão.

Lateralmente ultrapassa o limite da membrana tireohioidea, com invasão dos planos gordurosos adjacentes, e apresenta contato com o conglomerado linfonodal adjacente.

Conglomerado linfonodal com realce heterogêneo pelo meio de contraste iodado, delimitando extensa área de necrose / liquefação, localizado nos níveis II, III e VA direitos, associado à densificação dos planos gordurosos ao redor, que denota extravasamento extracapsular, e invade o músculo esternocleidomastóideo e os planos gordurosos adjacentes, também deslocando medialmente as estruturas do espaço carotídeo, com obliteração da veia jugular interna neste nível. Mede cerca de 5,3 x 3,8 cm nos seus maiores eixos transversos.

Outros linfonodos aumentados em número e com realce heterogêneo pelo meio de contraste iodado são caracterizados nas demais cadeias cervicais bilaterais, inespecíficos.

O segmento caudal da veia jugular interna direita, após o conglomerado linfonodal acima descrito, apresenta discreto conteúdo hipoatenuante, que pode estar relacionado a pequeno componente de trombo ou mesmo extensão da lesão.

Formação expansiva / infiltrativa com realce irregular pelo meio de contraste iodado, com origem presumida no seio piriforme direito.

Superiormente estende-se da prega ariepiglótica direita à prega faringoepiglótica homolateral, bem como à porção fixa da epiglote, com sinais de extensão incipiente para a linha mediana e para o lado contra-lateral nesta topografia, e ainda à parede lateral da hipofaringe e obliterando discretamente o espaço pré-epiglótico, porém sem sinais de comprometimento das valéculas ou orofaringe.

Inferiormente infiltra a falsa prega vocal, o vestíbulo laríngeo e a porção posterior da prega vocal homolaterais, junto a cartilagem aritenoide.

Anterior e lateralmente infiltra e ocupa o espaço paraglótico direito, mantendo contato com a cartilagem tireóide adjacente.

Posterior e medialmente estende-se à parede posterior da hipofaringe, cruzando a linha mediana nesta topografia, com aparente infiltração da prega ariepiglótica contralateral. Não há sinais de comprometimento da transição entre a hipofaringe e o esôfago proximal ou da região subglótica.

Tais achados sugerem a possibilidade de lesão de natureza neoplásica de alta agressividade, dentre os diagnósticos diferenciais.

Nota-se, ainda, formação expansiva com realce heterogêneo pelo meio de contraste iodado, delimitando áreas centrais hipoatenuantes que podem corresponder à necrose / liquefação, localizada lateralmente e em íntimo contato com o espaço carotídeo direito, medindo cerca de 5,2 x 2,8 x 2,9 cm (CC x LL x AP), apresentando componentes supra e infra-hióides, que, em associação à lesão laríngea, deve corresponder a conglomerado linfonodal da cadeia jugular interna direita (nível II e III), relacionado à extensão nodal do processo neoplásico. Tal conglomerado ganglionar apresenta contornos irregulares, que pode representar disseminação extra-nodal com contato com o músculo esternocleidomastóideo direito, sem nítidos planos de clivagem com o mesmo, notadamente no nível do osso hióide. Medialmente desloca para a esquerda as artérias carótidas comum e carótida interna direitas, (contato <180 graus) obliterando ligeiramente a gordura do espaço parafaríngeo homolateral. Superiormente se estende até próximo ao lobo profundo da parótida , sem sinais de extensão para o mesmo. Anterior e inferiormente desloca anteriormente a glândula submandibular direita, obliterando o plano gorduroso interposto, porém sem sinais de infiltração glandular. Posteriormente desloca a veia jugular interna direita, estreitando-a no nível de C3, porém sem sinais definitivos de trombose a montante.

CEC HIPOFARINGE/ESOFAGO PROXIMAL

Lesão expansiva e infiltrativa originada na tranisção da hipofaringe e esôfago, com realce heterogêneo pelo meio de contraste iodado, com delimitação de áreas de necrose/liquefação.

Superiormente invade toda a hipofaringe, com extensão para os seios piriformes, notadamente o direito.

Inferiormente se estende por todo o segmento cervical do esôfago.

Anteriormente invade a traqueia e a laringe nos seus segmentos glótico e subglótico, com obstruçao da coluna aérea local, notando-se amplas erosões do arco posteiror da da cartilagem cricoide e nos aspectos mais posteroinferiores das lâminas da cartilagem tireoide, e compromete os aneis traqueais iniciais. Há também invasão das bandas ventriculares e pregas ariepiglóticas, notadamente a direita.

Posteriormente invade o espaço retrofaríngeo e a muscula pré-vertebral.

Lateralmente invade os lobos tireoidianos e oblitera os sulcos traqueoesofágicos.

PERFURAÇÃO ESOFÁGICA

Acentuado espessamento circunferencial das paredes do esôfago cervical com obliteração dos planos adiposos adjacentes, destacando-se áreas de enfisema paraesofágico e de permeio aos espaços perigoso / retrofaríngeo.

Achados compatíveis com extensa coleção no espaço retrofaríngeo / perigoso, se estendendo desde a nasofaringe até o nível do espaço visceral, na altura dos lobos tireoidianos, com focos gasosos de permeio. Esta coleção oblitera os planos adiposos regionais e determina deslocamento anterior das estruturas da faringe e da laringe, bem como do segmento cervical da traquéia.

O conjunto de achados acima mencionado não é específico, mas favorece a possibilidade de perfuração do segmento cervical do esôfago, com consequente processo inflamatório associado.

O processo inflamatório estende-se inferiormente, densificando a gordura dos sulcos traqueoesofágicos e do mediastino superior, porém sem evidências de outras coleções nestas topografias.

Achados compatíveis com extenso edema de todo o espaço mucoso faríngeo e da mucosa da laringe, determinando acentuada redução luminal da orofaringe, com obliteração das valéculas e dos recessos piriformes. Destaca-se também espessamento concêntrico da mucosa do segmento cervical da traquéia, que também deve resultar de alterações de natureza inflamatória neste contexto.

O processo inflamatório determina obliteração dos planos adiposos da região anterolateral do pescoço, com espessamento do complexo platisma / fáscia superficial, com reticulação da gordura subcutânea do hemipescoço esquerdo, com abaulamento local. O processo inflamatório também determina aumento volumétrico e alteração dos coeficientes de atenuação da glândula parótida esquerda, compatível com parotidite por contiguidade, também associada a abaulamento local.